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Tipos de Consumidores

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Crianças aprendem pelos exemplos de sua convivência

Com tantos estímulos visuais, fica difícil conter os impulsos dos jovens e crianças para a questão do consumismo. Mas isso é necessário para se tornar uma pessoa equilibrada, que controla seus impulsos.

Um simples passeio de final de semana em um shopping pode desestruturar o orçamento da família, caso os pais não lidem bem com essas questões, fazendo todas as vontades dos filhos.

Além disso, é bom ressaltar que não é saudável ter tudo o que se quer, na hora que se quer, mesmo que tenham renda elevada, pois as crianças e adolescentes precisam aprender a conviver com pequenas frustrações, para dar valor às coisas. Se perderem o controle das finanças, como vão administrar as vontades dos mesmos, já que foram acostumados a ganhar tudo?

É necessário mostrar que o dinheiro da família serve para pagar as contas da casa, proporcionar diversão, alimentação, viagens de férias, garantir a saúde, imprevistos com a casa ou o carro, etc. Juntar moedas, por exemplo, é uma ótima oportunidade para as crianças aprenderem o quanto custa atingir uma determinada quantia.

Existem vários modelos de consumidores, problemáticos ou não. É bom ficar alerta, pois em alguns casos são necessários apoios de profissionais, especialistas no assunto. Identifique onde seus familiares ou alunos se encaixam.

O consumidor alienado é aquele que tenta seguir todas as tendências e modismos apresentados pela mídia, acabando por se tornar um escravo do consumo. Imagina se num mundo de inovações diárias podemos adquirir tudo que é lançado? Mas esse tipo de consumidor não percebe, ele compra de manhã e descobre que à noite já saiu um modelo mais novo, ficando sempre frustrado.

O Exibido é aquele que compra com a finalidade de mostrar para os outros. Na maioria das vezes não se preocupa com o benefício que o produto lhe trará. Isso acontece com pessoas que se prestam a pagar financiamentos altíssimos para adquirir um carro novo, pois ter um carrão poderá torná-las mais importantes, aparentemente. É pura ilusão!

O consumidor de grife é aquele que só usa coisas de marca. Não importa o valor, seu dinheiro vai todo embora. É também um modelo exibido, pois ao invés de economizar seu dinheiro comprando coisas mais baratas, o que garantiria um futuro de mais segurança e conforto, não pensa no amanhã, mas sim em mostrar que seu poder é o dinheiro, já que tem condições de pagar pelas grifes. Uma pena, pois essa pessoa torra tudo que tem.

O compulsivo é um modelo muito comum hoje em dia. Não pode parar diante de uma vitrine que as mãos pulam para dentro do bolso, saindo com a carteira, pronto para pagar. Esse consumidor pode estar sofrendo de transtornos psíquicos, que o levam a agir dessa forma. Os problemas o fazem querer algum tipo de recompensa, fazendo-o perder o controle. Em muitos casos, precisam de ajuda de terapeutas, pois vão se endividando sem perceber, chegando a gastar mais do que ganham.

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Existe também o consumidor guloso, aquele que não mede sacrifícios na hora de comer. Vai pedindo um pouco de tudo, come sem parar e não se preocupa com a conta. Muitas vezes, a compulsão pela comida também é uma forma de ansiedade, trazendo recompensa momentânea. Esse consumidor também pode precisar de ajuda terapêutica.

O modelo de consumidor internauta é aquele que percorre os sites, atrás de produtos para comprar. Não pode ver um anúncio pelas páginas da internet que se interessa. Ou então, procura produtos em promoção, garantindo que está fazendo grandes economias. Na verdade, se não há necessidade de adquirir a mercadoria, qual o sentido de comprá-la?

Já o modelo sofredor é aquele que quer comprar tudo o que vê pela frente, mesmo sabendo que não tem dinheiro para isso. Conversa com seus amigos afirmando que vai adquirir um produto, mas nunca aparece com o mesmo. Também não identifica que o dinheiro tem prioridades a serem atendidas. O melhor a fazer é controlar a compulsão, juntando dinheiro para poder adquirir o que deseja, programando-se, planejando e organizando seus gastos.

Um consumidor muito comum é o indeciso. Normalmente são pessoas inseguras, que gastam horas e horas para tomar uma decisão. É bom aprender a enfrentar as dificuldades desde pequeno, optando por uma coisa a outra, o que proporciona maior segurança para a vida.

Existe também o consumidor duro, aquele que entra em tudo quanto é loja, mas não adquire nada. Isso acontece por não ter dinheiro ou por ser “pão duro”. Se não tem dinheiro, pra que ficar incomodando as pessoas que estão trabalhando? Agindo dessa forma, são extremamente injustos, pois fazem os atendentes descerem as prateleiras da loja, dizendo ao final que não gostou de nada. Um verdadeiro vexame!

O importante é comprar por necessidade ou porque aquilo proporcionará satisfação, felicidade, prazer ou conforto. Comprar por comprar não é saudável, não faz bem para o aspecto psicológico de ninguém, pois pode virar um hábito. Sendo assim, mostre esses valores para seus filhos ou alunos, ajudando-os na construção do equilíbrio emocional e financeiro.

Por Jussara de Barros
Graduada em Pedagogia
Equipe Brasil Escola