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Plantas: aulas introdutórias

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Fotografar e analisar o material de estudo é uma boa estratégia
para uma melhor compreensão dos conteúdos de Botânica.

O estudo das plantas (ou seja, a Botânica) nem sempre é visto como algo agradável de ser estudado, para um número considerável de alunos. Isso porque, em grande parte dos casos, os estudantes procuram decorar os aspectos necessários para a compreensão dessa ciência, o que faz com que, realmente, não seja algo fácil e nem prazeroso.

Diante disso, sugiro uma abordagem diferenciada para ser adotada nas primeiras aulas dessa matéria, tanto para alunos do Ensino Fundamental quanto Médio, diferindo somente quanto ao nível de aprofundamento.

Primeiramente, na véspera da aula propriamente dita, registre quantos alunos possuem máquina fotográfica, e se podem levá-la para o colégio. De acordo com os valores obtidos, divida os estudantes em grupos menores.

Caso a escola possua jardim ou qualquer tipo de área verde, a aula poderá ser desenvolvida ali. Caso contrário, pode ser interessante organizar um passeio para algum local que contemple este objetivo, como uma praça próxima à escola, ou mesmo um parque ou complexo ecoturístico. Caso só seja viável algum local mais distante da instituição de ensino, pode ser interessante criar um trabalho em conjunto com outros professores, para otimizar o trabalho. Por exemplo: convidar o professor de Português e/ou Redação, sugerindo que os alunos confeccionem um relatório sobre a experiência.

No dia da aula, além das orientações básicas de comportamento que deverão ser dadas, peça para que os grupos fotografem as plantas que encontrarem pelo caminho, não se esquecendo de registrar o maior número possível de detalhes de cada uma delas. Após o passeio, salve em um pendrive as imagens obtidas, separadas em seus respectivos grupos.

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Analise o material, eliminando aquelas repetidas ou que podem ser desprezadas (baixa definição, enquadramento incorreto, etc.).

Na aula seguinte, se a escola possuir laboratório de informática, leve os alunos até lá. Caso tal local não exista, projete as fotos selecionadas, com o uso do Datashow; ou, se este material também não for disponibilizado, utilize o retroprojetor; ou revele as imagens principais.

Peça para que analisem o que os exemplares encontrados possuem em comum, acrescentando, corrigindo, ou instigando por respostas melhores. Caso fungos ou algas tenham sido fotografados, explique o porquê de não se tratarem de vegetais.

No caso de alunos de Ensino Médio, considerando o conhecimento prévio destes, peça agora para que classifiquem os exemplares em Briófitas, Pteridófitas, Gimnospermas e Angiospermas; e, sempre que possível, acrescente informações ao que está sendo dito pelos educandos.

Ao final deste exercício, sonde-os, perguntando quanto ao grupo vegetal que possui o maior número de representantes. Caso a resposta seja a correta, Angiospermas, discuta com os alunos quais são os possíveis fatores que propiciaram com que elas alcançassem o status de plantas dominantes do planeta; comparando suas semelhanças e diferenças com os outros grupos.

Tais momentos farão com que os alunos compreendam com maior facilidade os aspectos inerentes às plantas; e sigam uma linha de raciocínio mais coerente, nas aulas que se seguirão. Nestas, inclusive, pode ser de muita valia a utilização dos registros fotográficos feitos por eles, enriquecendo o trabalho feito por vocês.

Por Mariana Araguaia
Bióloga e especialista em Educação Ambiental
Equipe Brasil Escola