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O memorial descritivo informal em sala de aula

O memorial descritivo informal em sala de aula abordará dois tipos importantes de texto, bem como a questão dos gêneros textuais representada pelo memorial.
O memorial é um gênero textual que narra e descreve histórias pessoais. Pode ser um importante instrumento no ensino de redação
O memorial é um gênero textual que narra e descreve histórias pessoais. Pode ser um importante instrumento no ensino de redação
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Professor, a sugestão de aula de redação a seguir encaixa-se nas séries iniciais do ensino fundamental II e pode inaugurar com chave de ouro o início do ano letivo. A proposta contemplará o memorial descritivo informal em sala de aula como um interessante instrumento que apresentará de maneira lúdica dois tipos textuais: a narração e a descrição.

Aproveitando-se do início do ano letivo, momento em que novos e antigos alunos encontram-se, a escrita do memorial poderá ser bastante pertinente para que a turma conheça um pouco da história dos colegas. Mas a intenção não é apenas apresentar os integrantes da turma, visto que no processo de elaboração do memorial os alunos estarão em contato com o processo de estruturação da narrativa e do texto descritivo, temas que deverão ser introduzidos após a realização da atividade. A turma estará em contato também com um gênero textual comum nas modalidades oral e escrita, o memorial, afinal de contas, quem nunca leu – ou ouviu – a história de vida de alguém?

Acompanhe as etapas para o desenvolvimento da aula de redação sobre memorial descritivo informal:

Metodologia

 1- Peça que os alunos façam, como lição de casa, um memorial descritivo informal. Antes, explique o que nele deverá constar:

  • A palavra “memorial” deriva de “memória”, portanto, os alunos deverão escrever sobre suas histórias pessoais;

  • O texto é narrativo, pois narra acontecimentos da vida, portanto, deverá conter alguns elementos próprios desse tipo de texto;

  • O memorial também é descritivo, já que os alunos descreverão passagens importantes de suas vidas.

 2- Em sala de aula e em posse dos textos produzidos, sugira que os alunos formem uma roda e troquem os textos, assim eles entrarão em contato com as histórias dos outros colegas, bem como poderão perceber as estratégias de escrita por eles criadas;

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 3- No segundo encontro, divida os alunos em duplas e peça que cada um apresente a história de vida do outro colega. Nesse momento, os alunos estarão desenvolvendo diversas habilidades, transferindo para a oralidade os fatos narrados na escrita;

 4- No terceiro encontro, solicite que os alunos façam uma cronologia ilustrada, utilizando elementos visuais como fotografias e imagens (avise-os previamente), bem como cartazes e outros recursos didáticos para que seja organizada uma exposição. Ao produzirem os cartazes, os alunos estarão em contato com mais um gênero textual muito importante para a comunicação;

 5- No quarto encontro, permita que os alunos observem a cronologia ilustrada dos colegas. Esse momento é importante para que eles possam socializar-se e, ao mesmo tempo, narrativizar suas histórias pessoais;

Ao final das etapas, os alunos já estarão prontos para um contato teórico com a narrativa, tipo textual recorrente durante toda a vida escolar. Eles perceberão que, intuitivamente, construíram estratégias narrativas e, dessa forma, o aprendizado do conteúdo será mais prazeroso, já que eles souberam ser capazes de redigir uma narração. O próximo passo deverá ser a abordagem teórica da descrição, tipo textual também contemplado no memorial. Quatro encontros que de maneira lúdica e descontraída apresentarão aos alunos dois tipos de texto inscritos em um gênero: o memorial.


Por Luana Castro
Graduada em Letras