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Helenismo

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O diálogo entre as culturas foi algo incentivado pelo imperador Alexandre Magno.

Em História Antiga, a limitação imposta pelas fontes documentais disponíveis faz com que a compreensão de tempos tão remotos seja cercada por uma série de desafios próprios. Em sala de aula, esse problema ganha proporções ainda maiores se considerarmos a imaturidade e a falta de interesse de alguns alunos para como as antigas civilizações. De tal maneira, o professor deve lançar uso de todos os recursos disponíveis para o repasse de tal conteúdo.

Tendo como foco o processo de formação do Império Macedônico, sugerimos o desenvolvimento de uma atividade capaz de reforçar conteúdos próprios da matéria e retomar tantos outros mais. Para tanto, disponibilizamos um trecho da obra “Anabasis Alexandri”, onde o historiador grego Flávio Arriano desenvolve relatos diversos sobre as expedições organizadas pelo Imperador Alexandre Magno. Conforme apontado pelo narrador:

“Alexandre desembarca lá onde foi fundada a atual cidade de Alexandria. Pareceu-lhe que o lugar era muito bonito para fundar uma cidade e que ela iria prosperar. A vontade de colocar mãos à obra fez com que ele próprio traçasse o plano da cidade, o local da Ágora, dos santuários da deusa egípcia Ísis, dos deuses gregos e do muro externo.” Flávio Arriano. Anabasis Alexandri (séc. I d.C.).

Nessa rápida passagem, podemos notar como a formação educacional diversificada permeava a condução dos projetos do imperador Alexandre. Segundo Flávio, o imperador foi responsável pela construção de santuários dedicados a deuses egípcios e gregos, além de uma praça inspirada pelo legado arquitetônico grego. Contudo, qual seria a relevância de tais informações para os alunos?
Por meio desta análise, o professor indica um dos desdobramentos práticos do helenismo, política em que Alexandre buscava firmar a coexistência das culturas Oriental e Ocidental. Sem dúvida, a descrição nos mostra que o lendário imperador amealhava diferentes culturas na intenção de criar uma civilização marcada pelo signo da particularidade.

Além dessa percepção, esse mesmo trecho pode servir de base para o desenvolvimento de uma atividade de revisão sobre os mundos grego e egípcio. Caso ache interessante, o professor pode realizar um roteiro de perguntas onde retoma as características fundamentais da religiosidade egípcia e as principais criações da arquitetura grega. Com isso, abre-se caminho para se trabalhar um conceito (helenismo) e retomar outros pontos de matérias já estudadas.

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Por Rainer Sousa
Graduado em História
Equipe Brasil Escola