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Eletrólise do Iodeto de Potássio

Esse experimento de eletrólise em meio aquoso do iodeto de potássio consiste em misturá-lo com uma solução de amido e fenolftaleína.
Esse experimento de eletrólise será feito com eletrodos de grafite
Esse experimento de eletrólise será feito com eletrodos de grafite
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Esse experimento pode ser utilizado em sala de aula para demonstrar na prática e reforçar para os alunos os conceitos estudados sobre Eletrólise em Meio Aquoso.

Materiais e reagentes:

  • Retroprojetor;
  • Transparência (folha de acetato usada em retroprojetores);
  • 1 g de iodeto de potássio (KI(s));
  • Solução diluída de amido;
  • Fenolftaleína;
  • 1 placa de Petri ou alguma tigela de vidro;
  • Colher de plástico ou vareta de vidro para misturar as soluções;
  • Conta-gotas;
  • 2 cilindros de grafita com tamanho de 3 cm (você pode obter retirando do interior de um lápis de escrever ou comprando pontas de grafite mais grossas em papelarias);
  • 1 bateria de 9 volts;
  • 2 conectores elétricos (garra-jacaré).

Procedimento experimental:

1.  Misture na placa de Petri um pouco da solução de amido (até aproximadamente metade da placa) com o iodeto de sódio;

2.  Adicione uma gota de fenolftaleína;

3.  Coloque a transparência sobre o retroprojetor, e por cima dela a placa de Petri com a mistura;

4.  Prenda a extremidade de cada uma das garras-jacaré em uma grafite e ligue o sistema à bateria, tomando o cuidado para somente as grafites estarem na solução, mas as garras-jacaré não; conforme a figura ilustra:

Esquema do experimento de eletrólise do iodeto de potássio

5.  Observe o que ocorre e anote os resultados.

Obs.: essa experiência também pode ser feita com água no lugar da solução de amido, mas o efeito não será tão bonito.

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Resultados e discussão:

O professor poderá realizar perguntas aos alunos para ver se eles conseguiram identificar os seguintes pontos mais importantes:

  • Substância que se forma noânodo: visto que o iodeto (I1-(aq)) é um ânion menos reativo que o hidróxido (OH-(aq)), o iodeto vai se descarregar no ânodo primeiro, conforme a semirreação anódica a seguir:

2 I1-(aq) → I2(s) + 2e-

Observe que há a formação de iodo. Posteriormente, esse iodo reage com os íons iodeto da solução, formando o íon complexo tri-iodeto I31-(aq):

I2(s) + I1-(aq)  → I31-(aq)

Esses íons complexos se inserem no interior da amilose na forma de novelo, o que acarreta na formação de um complexo de cor azul intensa:

I31-(aq) + amido → complexo azul de I31-e amido

Se for usada a água no lugar da solução de amido, o resultado será uma cor castanha, em razão da baixa presença de iodo na água.

  • Substância que se forma nocátodo: nesse caso, o íon hidrônio (H3O1+(aq)) é um cátion menos reativo que o potássio hidrônio (K1+(aq)). Portanto, o hidrônio irá se descarregar primeiro do cátodo, sendo que a sua semirreação é dada por:

2 H3O1+(aq) + 2e- → 2 H2O(l) +1 H2(g)

O retroprojetor mostra mais claramente as bolhas formadas no cátodo pelo hidrogênio que é liberado.

  • Com o tempo, a solução adquire uma coloração vermelha, isso ocorre porque, conforme mostrado no item anterior, os íons hidrônio estão sendo consumidos, então a solução passa a se tornar um meio básico e a fenolftaleína é um indicador ácido-base, que em meio básico fica vermelha.
  • Equação global do processo:

Reação global de eletrólise do iodeto de potássio


Por Jennifer Fogaça
Graduada em Química