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Dez formas de usar o Instagram nas aulas de Filosofia

Apresentamos dez formas de usar o Instagram, rede social popular entre os jovens, nas aulas de Filosofia.
Nós podemos usar o Instagram, uma rede social baseada em imagens, como recurso didático nas aulas de Filosofia *
Nós podemos usar o Instagram, uma rede social baseada em imagens, como recurso didático nas aulas de Filosofia *
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Como o Facebook e o Twitter são redes sociais que estão vinculadas à escrita, é bem mais fácil pensarmos em estratégias de ensino de Filosofia que as incorpore. No entanto, redes sociais que foram pensadas a partir da imagem, como o Instagram e o Pinterest, também podem contribuir com o nosso trabalho.

O Instagram é uma rede social bastante popular: é muito difícil alguma pessoa que tenha um smartphone não ter uma conta no Instagram para publicar suas fotografias. Animais de estimação, pratos de comida e atividades de lazer são os temas mais frequentes. Por que não incorporar esses temas também às nossas aulas de Filosofia? Alguns assuntos são mais fáceis de adequar à rede social do que outros, mas tudo depende da criatividade do professor/da professora.

Dez formas de usar o Instagram nas aulas de Filosofia:

1) Ao ensinar sobre os filósofos pré-socráticos, podemos pedir que os estudantes façam uma fotografia que represente qual elemento determinado filósofo considerava como o elemento primordial.

2) Para os alunos do Primeiro Ano, podemos pedir que fotografem algo que corresponda à ideia que fazem do que é “Filosofia” ou de como imaginam que os filósofos devam ser.

3) Se o tema da aula for “Ética”, podemos pedir que os estudantes representem situações que julguem como contrárias àquilo que estudamos no conteúdo. Enquanto elaboram aquilo que pretendem fotografar, os estudantes estão se relacionando com o conteúdo e isso pode ser um facilitador da aprendizagem.

4) Outra forma de trabalhar o mesmo tema é pedir para que os estudantes registrem situações que reflitam uma mudança de valores da nossa sociedade em relação a outras décadas. Por exemplo, mulheres em exercício de algum ofício considerado, em outras décadas, como tipicamente masculino.

5) Podemos pedir para os estudantes fotografarem algum trecho do livro didático ou do texto trabalhado. Depois, podemos pedir para que eles comentem em sala o motivo pelo qual escolheram determinado trecho.

6) O Instagram, assim como o Twitter, permite o uso de hashtags, ou seja, de palavras-chave precedidas do sinal #. Pedir que os estudantes coloquem hashtags em suas fotografias sobre o conteúdo é também uma forma de pedir aos estudantes que sintetizem o conteúdo.

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7) Uma atividade agregadora entre as turmas pode ser feita também por meio do Instagram: cada turma pode criar uma conta na rede social, elegendo um(a) responsável para atualizá-la. O professor/a professora pode permitir que o responsável fotografe aquilo que foi escrito no quadro-negro durante a exposição do conteúdo ou de alguma projeção feita. Assim, tanto os estudantes que faltaram a aula como também pais, outros professores, alunos de outras turmas e a comunidade em geral podem acompanhar a aula. Podemos também escolher um(a) estudante por semana para ser responsável por essa atualização.

8) O Instagram também pode servir para registrar o andamento da aula. Se a professora/o professor pede que os estudantes confeccionem em grupos um cartaz, por exemplo, e a sala de aula precisa ser reorganizada espacialmente, a/o estudante responsável pode fotografar cada grupo em processo de execução da atividade. Também podemos fotografar as apresentações de trabalho ou murais onde forem expostos.

9) Outro recurso é a possibilidade de criar vídeos de até 15 segundos. Os estudantes podem fazer uma atividade de entrevista sobre algum ponto estudado. Por exemplo, se trabalhamos o conceito de “autonomia” em Kant, podemos pedir para que os estudantes entrevistem colegas de outras turmas para que eles tentem definir o conceito. Ao fim da atividade, podemos pedir para que os próprios estudantes comentem o resultado de suas entrevistas, por exemplo, se pensam que o conceito que nós fazemos de “autonomia” corresponde ao que Kant dizia.

10) O professor/a professora também pode valer-se do Instagram para divulgar pistas de algum tema que será estudado na próxima aula a fim de despertar a curiosidade dos estudantes. Por exemplo, se for tratar do Mito da Caverna de Platão, a professora/o professor pode tirar fotografias que representem parcialmente o conteúdo: uma fotografia de uma caverna, de uma corrente, de uma fogueira, de uma pessoa assustada, entre outras. Dessa forma, o professor/a professora, além de provocar a curiosidade da turma, também dará um exemplo prático de como representar os conceitos e temas estudados em sala em forma de fotografia.

*Crédito editorial da imagem: Shutterstock e 360b


Por Wigvan Pereira
Graduado em Filosofia