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As ditaduras latino-americanas

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Videla, Médici e Pinochet: representantes do período ditatorial latino-americano.

Entre as décadas de 1960 e 1980, a América Latina viveu a experiência da instalação de diversos governos ditatoriais. Nesse sentido, o professor pode propor uma interessante atividade comparativa onde os alunos formulem um verdadeiro dossiê sobre como diferentes experiências ditatoriais se desenvolveram no continente. Para tanto, sugerimos a delimitação de um trabalho com os casos argentino, brasileiro e chileno.

A organização desse trabalho pode ser feita com a formação de três grandes grupos responsáveis por um único país. Dentro de cada um dos grupos o professor pode ainda promover uma subdivisão, cada subgrupo pode ser responsável por um tema específico. Nesse tipo de organização, o professor pode dividir, por exemplo, o trabalho com ditadura brasileira em três frentes que abordem “a instalação do regime”, “o auge da ditadura” e o “processo de reabertura”.

Com isso, cada um dos alunos pode trabalhar com maior riqueza de detalhes as características que marcaram cada um desses processos. Dessa forma, na primeira apresentação, os três grupos podem demonstrar inicialmente as diferenças entre a queda do governo de Isabelita Perón (Argentina), a deposição de João Goulart (Brasil) e o assassinato de Salvador Allende (Chile). Logo em seguida, o auge da repressão em cada uma das ditaduras passa a ser a temática central do trabalho.

Em tal etapa, os alunos podem explorar como as forças de oposição se articularam durante cada um dos regimes ditatoriais. Paralelamente, o professor pode sugerir que cada um dos grupos faça menção às principais ações repressoras em cada um desses países com a explanação sobre as atrocidades cometidas durante os “anos de chumbo” no Brasil, a “guerra suja” na Argentina e a “caravana da morte” no Chile.

No fim do trabalho, a apresentação chega ao instante em que os processos de abertura e redemocratização são analisados comparativamente. A partir de então, o professor pode demonstrar as diferenças em cada um dos processos de abertura política ao salientar o ritmo em cada um dos países. Nesse ponto, o professor pode salientar a rápida transição política acontecida na Argentina após a derrota na Guerra das Malvinas e o ritmo lento que marcou as aberturas chilena e brasileira.

Com esse tipo de atividade, o professor permite que a turma analise comparativamente diferentes processos históricos, conseguindo estabelecer suas semelhanças e peculiaridades.

Por Rainer Sousa
Graduado em História
Equipe Brasil Escola

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